Localizada na travessa Quintino Bocaiúva nº 131, esquina com a Avenida Nazaré, anteriormente conhecida como Largo da Memória, atualmente Largo Lopo de Castro. Construção idealizada por Childerico Fernandes, que veio do Rio Grande do Norte em 1880, ele fez sua história em Belém através da produção de látex na Amazônia. O período e arquiteto da casa são desconhecidos, porém em 1910, Childerico Fernandes vende sua casa para Pedro Gusmão, que passa a receber o nome de Palacete.

A segunda família a morar na casa é do Senhor Manoel Dacier Lobato e sua esposa Waldomira Frade, que antes do casamento pediu ao esposo que fizesse um curso superior, então ele mudou-se durante 5 anos para estudar na França e formou-se na Faculdade de Direito. Após retornarem da viagem de estudos, o Senhor Dacier Lobato e sua esposa mudaram-se para a residência, depois de anos casados tiveram duas filhas: Conceição e Mercedes. Durante o desenvolvimento das obras em sua residência, Dacier Lobato apresentou problemas de saúde e retornou para França em busca de tratamento. Quando retornou de navio para Belém, recebeu a notícia do falecimento de sua esposa, passados três anos, o Senhor Dacier Lobato faleceu, deixando sua filha, Conceição de 6 anos.

Durante os anos 1924 e 1925, provavelmente, contrataram o arquiteto José Sidrim para uma reforma na casa. As intervenções se deram principalmente na fachada lateral, onde foi instalado um belvedere – um mirante com uma bela vista – e uma escada de mármore, com entrada pela avenida Nazaré. Na parte interna da casa, a intervenção se deu pela colocação de vitrais que se tornaram o ponto mais alto a fim de iluminar o interior. Os fornecedores dos vitrais e dos mármores da escada foram os mesmos que forneceram para as obras da Basílica de Nazaré. Neste mesmo período Sidrim utilizou os mesmos materiais em um oratório de outra residência de sua autoria, o Guilherme Paiva. O Palacete Pedro Gusmão, ou Manoel Dacier Lobato, é de estilo eclético com vitrais e mármore carrara, um belvedere, com detalhes em estuque e azulejos na fachada, com uma cúpula baixa de pedras de ardósia. Atualmente encontra-se desalojado