Palacete Bolonha

Sobre

Localizado na Av. Gov. José Malcher, nº 295, o Palacete Bolonha é uma edificação do início do século XX, construído na cidade de Belém do Pará, durante a chamada Belle Époque amazônica, movimento de grande desenvolvimento econômico, social e político impulsionado pela extração e exportação do látex, a borracha. Seu idealizador e proprietário é Francisco Bolonha (1872-1938), paraense nascido em Belém, formou-se em engenharia civil na escola politécnica do Rio de Janeiro. Francisco Bolonha começou a construir o Palacete entre 1905 a 1915, para lhe servir de residência junto de sua esposa, a carioca Alice Tem-Brink. Nesta construção, Bolonha executou a obra em um terreno outrora alagado e pantanoso, no qual drenou, aterrou e solidificou após adquiri-lo em leilão público.

Com a união de vários estilos arquitetônicos, Bolonha fez de seu palacete residencial uma das maiores referências do ecletismo, com exemplos da arquitetura neoclássica, barroca, gótica, rococó e principalmente o Art Nouveau. O edifício possui 4 pavimentos, sendo 3 deles habitáveis, e o térreo, antiga área destinada aos serviços da casa, local de trabalho de seus funcionários, onde se localiza a cozinha, refeitório e dormitório dos empregados além de uma barbearia particular para o proprietário, conta também com entrada e saída para a lateral do imóvel, destinada aos funcionários. O primeiro pavimento encontram-se as áreas sociais, local de maior prestígio da residência, revestidas com materiais nobres e importados, com um piso de vidro que refletia a luz solar advinda da janela para o pavimento inferior, azulejos franceses pintados à mão, pisos hexagonais norte-americanos, vidros belgas com iniciais jateadas com nome do proprietário e madeira de lei na sala de jantar, como cedro e acapu. Sala de almoço com iniciais entre os azulejos da parede, feitas em ouro maciço. Banheiro social e a sala de música, dedicada à sua amada esposa, também localizada neste pavimento, encontramos um elemento decorativo presente em muitos ambientes do palacete, chamado estuque, que é a união de vários outros materiais resistentes, fazendo que tenha maior durabilidade e se assemelhe ao gesso. Os segundo e terceiro pavimentos, estão localizados nas áreas privativas do palacete. Como as salas de vestir feminina e masculina, sala de costura, banheiro do casal com ferragens e louças inglesas além da banheira revestida com mármore Carrara em estilo neoclássico. Banheiros internos eram uma inovação para época, sendo o engenheiro Francisco Bolonha pioneiro no quesito, pois especializou-se em hidráulica na Holanda. Bolonha embutiu por dentro das paredes os encanamentos hidrossanitários e elétricos. No terceiro pavimento, encontra-se o quarto do casal, um escritório junto a um mezanino que era utilizado como biblioteca, além de uma pequena capela em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Através de uma escada helicoidal, feita em ferro fundido inglês, no estilo art nouveau, se acessa a mansarda, que é um sótão local onde o engenheiro utilizou como depósito. As telhas do palacete foram executadas em pedras de ardósia, em formato de escamas, além de telhas de vidro transparente em uma pequena parte da cobertura, para iluminação natural do ambiente. Neste pavimento e através da mansarda é possível ter acesso a um mirante, em formato de um coreto pequeno, onde é possível desde a época ter uma vista privilegiada da cidade. Após o falecimento de Francisco Bolonha, o palacete foi leiloado pela sua viúva e inventariante que herdou o imóvel, o casal Bolonha não teve filhos biológicos. Outras três famílias residiram no imóvel até pertencer à prefeitura de Belém. Hoje sendo administrado pela Fundação Cultural do Município de Belém, a FUMBEL. O espaço abriga o Museu Casa Francisco Bolonha, que ajuda a resgatar a memória e a história do engenheiro Bolonha e sua residência e a importância de sua permanência do acervo arquitetônico da capital paraense e da memória coletiva, pois o Palacete Bolonha é tombado como patrimônio histórico e paisagístico e cultural.

O Museu Casa Francisco Bolonha está aberto ao publico de terça a sexta-feira. As visitas são gratuitas e guiadas, às 9h30m; 10h30; 11h30m; 14h30m e 15h30m.

Endereço: Av. Gov. José Malcher, nº 295.

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